22 agosto 2009

Orgulho & Cura.


Parecia uma loucura total em sua mente. Mil pensamentos aflorando e desaguando como rosas e cascatas. O que estava acontecendo com ela? Ninguém sabia, ninguém entendia.
Débora se achava sozinha no mundo. Seus pais aparentemente não ligavam para a vida escolar e social da filha, tinham muito dinheiro e por isso tentavam 'distraí-la' com presentinhos e agrados.
Mas o que Débora mais queria era simplesmente o carinho não recebido.
Ela sempre fora uma excelente aluna em todos os cursos que fazia: dedicada do inglês ao alemão, nota 10 na escola, convidada para ser representante do gremio estudantil. Estava acostumada com a vida sendo assim, inteligente e dedicada por natureza, por ela mesma.
Seus amigos sempre a respeitaram, todos os problemas que tivessem iam contar diretamente à ela.
Com certeza Débora daria um jeitinho como sempre deu.
Mas dessa vez o problema estava com ela.
Geralmente a inteligencia e o talento são amigos íntimos da dupla orgulho&inflexibilidade, como era o caso de Débora.
Por uma doença de família, ela estava sujeita a ter depressão. Toda a família sabia do fato, inclusive a própria.
Mas claro, nunca ia acontecer com ela, ela era simplesmente 'demais e inatingível'.
Aconteceu.
Suas primeiras crises vieram aos 12 anos de idade, ano de mudança de escola e de mudança de apartamento. Débora passava dias chorando em sua cama sem nem saber porque e tinha vergonha de contar aos amigos e a família, apenas dizia: 'estou sofrendo por um garoto'.
Ela sempre deu essa desculpa até seus 17 anos.
Obviamente seus amigos cansaram de ver a tão querida e idolatrada Débora sempre chorosa por ai, triste e cabisbaixa. Pediram educadamente que ela saísse do gremio estudantil e com isso, as notas da menina apenas foram caindo, caindo, caindo ate chegar na famosa reprovação.
Débora abandonou todos os seus cursos, do inglês ao alemão. Saiu também dos esportes que praticava com tanto prazer.
E ao mesmo tempo lutava com seus pensamentos, com os pensamentos mórbidos que lhe vinham à mente: 'e se eu morresse? a vida seria tão fácil.. ninguém precisa de mim mesmo!'
Porem o que ela não compreendia era a possibilidade de os pensamentos cessarem, caso ela engolisse o devido orgulho e pedisse ajuda.
Depois de tantas perdas e dores foi o que Débora fez.
Pediu ajuda à sua mãe, mesmo sabendo o quanto ela sempre fora ausente em sua infância e inicio de adolescencia. Foi encaminhada para um respectivo médico psiquiatra, com fama de ser muito bondoso com jovens e meninas em depressão.
Hoje Débora tem 22 anos, está na faculdade de Medicina, e sonha em ser Psiquiatra para ajudar outras pessoas com o mesmo problema.
Pauta para o Once Upon a Time.

7 comentários:

Bruno disse...

Lindo texto. Adorei. :')

Thayne Freitas disse...

- Que história perfeita,Debora existiu ou é uam personagem sua ? :)

Thayne Freitas disse...

- Que história perfeita,Debora existiu ou é uam personagem sua ? :)

Luísa Zanni. disse...

Só posso dizer sobre a Débora que ela sabe como consolar aspirantes a escritoras que, de vez em quando, tira uma nota vermelha em português. E, claro, que o layout do blog dela ficou lindo *-*

Anônimo disse...

Muito legal seu post;
Beijo!

Ana Paula Vieira disse...

adorei o texto :D

as pessoas depressivas tem mesmo q procurar ajuda e serem felizes "."


bjs

Jess disse...

Aiin o melhro de tudo foi o final feliz *---* Fiquei com um pouquinho de medo! Adorei o texto (: